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Sociedade em rede

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Transformações nas dinâmicas sociais deram o tom da primeira edição do Bate Papo Empreendedores Criativos no Cemec, em São Paulo. A iniciativa, parceria estratégica com o banco Santander, cuja primeira versão aconteceu em janeiro durante a Campus Party, volta renovada para uma série de debates livres que abordam temas que inspirem novos e futuros empreendedores.

santanderNesta quarta-feira (21/6), os convidados foram o gerente da gestora cultural espanhola MagmaCultura, Francesc Duart, e o pós-jornalista Bernardo Gutiérrez, também da Espanha. Antes do bate-papo, os convidados puderam degustar vinhos espanhóis do restaurante e vinheria La Madrileña e tiveram uma aula sobre vinhos com Raúl Javales.

O encontro acontecia logo após lideranças políticas das duas maiores capitais brasileiras anunciarem a revogação do aumento da tarifa de ônibus – o estopim para uma série de manifestações que acontecem desde a última semana em todo o país.

“Estamos em um período de mudanças  em todos os âmbitos”, afirmou Gutiérrez. Ele apontou para um modelo de organização social que ganha força com a internet e as mídias sociais: a rede.

As  manifestações que acontecem agora no Brasil e na Turquia são movimentos descentralizados, organizados por jovens e convocados, a priori, por meio das redes sociais virtuais. Para o jornalista, as conexões, a criação de sistemas híbridos, a colaboração estão abrindo espaço para uma matriz mais participativa.

“As pessoas consideram as mídias sociais como um canal de publicidade, quando na verdade ela se tornou o sistema nervoso da sociedade”, afirmou. Como fazer para ser parte desse ecossistema interligado? Empoderar o público. As relações deixam de ser unilaterais e empresas, instituições, a imprensa, que sempre se fecharam em si mesmo terão que abraçar a interação e fazer dela um processo colaborativo para seu trabalho.

Engajamento. É o que atualmente move as pessoas, principalmente os jovens. Da escolha de trabalhos ao apoio de causas.

A Espanha viveu um momento parecido há dois anos, quando milhares de jovens ocuparam a praça Puerta del Sol, em Madri. Na época, o desemprego para pessoas nessa faixa etária já ultrapassava os 50%.

Como gerir um empreendimento voltado à cultura neste contexto? Logo a cultura, que no país vizinho, Portugal, perdeu o status de ministério para se tornar uma secretaria na estrutura do governo.

“Especialização”, afirmou o gerente da MagmaCultura. A empresa baseada em Barcelona faz, desde 1991, a gestão de equipamentos culturais espanhóis como o Museu del Prado e Reina Sofia, em Madri.

Para Francesc Duart, tem que haver uma imersão profundo no setor e no que ele representa socialmente para poder oferecer serviços. É o know-how que a empresa intenta trazer ao país, com o seu escritório recém-lançado em São Paulo.

Por aqui, a companhia atua sob a alcunha de Magma360. “Nosso trabalho é hand-made. Para chegar a outro país, tem que haver uma análise sobre a cultura e os processos culturais do local para que possamos adaptar os serviços que oferecemos de uma maneira que faça sentido e possa ajudar no desenvolvimento do setor local”, explicou.

O interesse no Brasil é fruto dessas mudanças pelo qual, ele entende, o país está passando. “As transformações que acontecerão no Brasil acontecerão de forma muito acelerada. Acreditamos que temos um know-how a agregar para auxiliar nessa evolução”, disse.

O que virá em seguida, não se sabe. “Estamos todos felizmente perdidos”, afirma Gutiérrez de forma otimista.

 

 


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